11 de mar. de 2012

 Quanta sinceridade existe nos cabelos brancos. A declaração de se ter vivido mais do que existido. A honestidade de se mostrar quem é, quem foi, e quem será. Sem medo ou cobrança. Com a naturalidade do tempo e do destino.  
 Não entendo quando alguém tem vergonha de seus desbotados cabelos. Sinto curiosidade por quem os pinta. E, normalmente, pintam de uma cor mais escura para que o disfarce seja melhor. As mulheres, principalmente, tentam se travestir de jovens. É uma pena que não saibam o quanto é gratificante ser mais velho.
 Não basta apenas envelhecer, os cabelos têm que acompanhar o seu envelhecimento. Assim como o corpo todo. Ninguém deve envelhecer pela metade. Tudo precisa refletir o que viveu e o quanto viveu. Os idosos não são limitados, são respeitados (ou, pelo menos, deveriam ser).
 Dizem que envelhecer é nascer de novo.  Nós nascemos e crescemos todos os dias. Nem sempre a caminhada será longa, depende das oportunidades que você se permitir aproveitar. Quem se permite, envelhece mais novo do que quando nasceu.

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